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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Guepardo


Guepardo
A Chita, também conhecida por guepardo, leopardo-caçador ou onça africana (Acinoyx jubatus) é um animal, da família dos Felideos (Felidae), ainda que de comportamento atípico, se comparado com outros da mesma família. Tendo como habitat a savana, vive em África, na península arábica e no sudoeste da Ásia. Efectivamente, como animal predador que é, prefere caçar as suas presas através de perseguições a alta velocidade, em vez de tácticas como a caça por emboscada ou em grupo. É o mais rápido de todos os animais terrestres, conseguindo atingir velocidades acima dos 110 km/h (70 milhas por hora), por curtos períodos de cada vez (ao fim de cerca de 370 metros de corrida).
O corpo da chita é esbelto e musculado, ainda que de aparência delgada e constituição aparentemente frágil. Tem uma caixa torácica de grande capacidade e um abdómen retraído. Tem uma cabeça pequena, um focinho curto, olhos posicionados na parte superior da face, narinas largas e orelhas pequenas e arredondadas. O seu pêlo é amarelado, salpicado de pontos negros arredondados e formando duas linhas negras, de cada lado do focinho, que descem dos olhos até à boca, como que formando o trajecto de lágrimas. Um animal adulto pode pesar entre 28 a 65 kg. O comprimento total do corpo varia de 112 a 150 cm. O comprimento da cauda, usada para equilibrar o corpo do animal durante a corrida, pode variar entre 60 e 84 cm.
O nome do género biológico, Acinonyx, significa "garras imóveis", já que é o único felideo que não consegue retrair por completo as suas garras, que permanecem visíveis mesmo quando recolhidas ao máximo, sendo usadas para permitir uma maior aderência ao solo enquanto corre, acelera e manobra no terreno. O nome da espécie, "jubatus", significa "com crina" e refere-se às crinas que as crias da chita apresentam.
A palavra "chita", de som semelhante à palavra inglesa "cheetah" deriva da língua hindi "chiita" que, por seu lado, talvez derive do sânscrito "chitraka", que significa "a salpicada de manchas". Outras línguas europeias relevantes usam variantes do latim medieval "gatus pardus", ou seja, "gato-leopardo": em francês, guépard; em italiano ghepardo; em espanhol (e também em português), guepardo; e em alemão Gepard.

Reprodução e vida social

Os machos atingem a maturidade sexual a partir dos dois anos e meio ou três anos. A fêmea, um pouco mais precoce (dois anos) pode gerar de uma a cinco crias, depois de uma gestação de 90 a 95 dias. As crias podem pesar entre 150 e 300 gramas quando nascem. O desmame ocorre cerca de seis meses após o parto e, entre os 13 e 20 meses, abandonam a guarda da mãe para passarem a ter uma vida independente. Ao contrário de outros felinos, as fêmeas não têm um verdadeiro território próprio e demarcado, parecendo, no entanto, evitar a presença das outras. os machos podem, eventualmente, juntar-se em grupos, especialmente se nasceram na mesma ninhada.
A chita pode viver de 15 a vinte anos.

Alimentação

Família de guepardos em Massai Mara, QuêniaA chita é carnívora. Alimenta-se, essencialmente de mamíferos abaixo dos 40 kg, incluindo gazelas, antílopes, zebras, impalas, filhotes de gnu, lebres e aves. A presa é seguida, silenciosa e vagarosamente, num espaço que varia, em termos gerais, de dez a trinta metros, até ser atacada de surpresa. A perseguição, que se segue, dura geralmente menos de um minuto e se a chita falha uma captura rápida, desiste, com o intuito de não gastar energia desnecessariamente. Menos de metade destes ataques tem sucesso (alguns autores estimam em apenas 10% a possibilidade de sucesso.

Habitat

Encontram-se chitas, no estado selvagem, apenas em África, ainda que no passado se distribuíssem até ao norte da Índia e ao planalto iraniano, onde eram domesticadas e usadas na caça ao antílope, de forma semelhante ao que se faz actualmente com os galgos (especialmente da raça greyhound).Só existem chitas selvagens na Ásia, atualmente, no Irã, mas trata-se de uma população extremamente pequena (em torno de 60 exemplares no início do século XXI) e ameaçada pela pressão humana, sob a forma da caça e do pastoreio, o qual reduz o número de presas (gazelas) disponível.Acrescente-se ainda que a área de ocorrência do Chita no Irã encontra-se em região remota, próxima à fronteira com o Afeganistão, onde as forças de segurança iranianas tem dificuldade de penetrar devido à presença de gangues que praticam o contrabando e o tráfico de heroína.
As chitas preferem habitar biótopos caracterizados pelos espaços abertos, como semi-desertos e pradarias (savana).
Têm uma variabilidade genética geralmente baixa, além de uma contagem de esperma anormalmente alta. Pensa-se que foram obrigadas a um período prolongado de procriação consanguínea depois de passarem por um evento populacional designado por efeito gargalo de garrafa genético. Terão evoluído em África durante a época Miocena (de há 26 milhões a 7,5 milhões anos atrás), antes de migrarem para a Ásia. Espécies extintas actualmente incluíam a Acinonyx pardinensis (da época Pliocena), muito maior que chita actual, encontrada na Europa, Índia e China; a Acinonyx intermedius (Pleistoceno médio), com a mesma distribuição geográfica; a Miracinonyx inexpectatus, Miracinonyx studeri, e a Miracinonyx trumani (ao longo de todo o Pleistoceno), cujos fósseis foram encontrados na América do Norte.Aventou-se recentemente, no entanto, que o gênero norte-americano Miracinonyx seria um exemplo de convergência evolutiva, constituindo-se, não num parente próximo do chita atual, mas numa forma corredora do puma.

Importância económica

A pele da chita foi, durante muito tempo, considerada um símbolo de estatuto social. No Egipto antigo era frequente a sua utilização como animal de estimação. Hoje têm uma importância económica crescente devido ao ecoturismo, além de se encontrarem vários exemplares distruídos por jardins zoológicos por todo o mundo. Como são muito menos agressivas que outros felinos de grande porte, as crias são facilmente vendidas como animais de estimação. Este comércio é ilegal, já que a propriedade privada de animais selvagens ou espécies ameaçadas de extinção é proibida por convenções internacionais.
As chitas foram perseguidas e caçadas durante muito tempo pelos agricultores e pastores que as acusavam de rapina dos rebanhos. Quando a espécie começou a ficar ameaçada de extinção, promoveram-se várias campanhas com o intuito de informar e educar ambientalmente os fazendeiros, incentivando-os a proteger este animal.

Estado de conservação

As crias da chita sofrem de elevados índices de mortalidade devido a factores genéticos e à predação por parte de carnívoros que competem com esta espécie, como o leão e a hiena. Alguns biólogos defendem a teoria de que, em resultado da procriação consanguínea, o futuro da espécie está comprometido.
As chitas estão incluídas na lista de espécies vulneráveis da IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza), como subespécie africana ameaçada e subespécie asiática em situação crítica. É considerada uma espécie ameaçada de extinção no Apêndice I da CITES (Convenção sobre o comércio internacional das espécies da fauna e da flora selvagem ameaçadas de extinção).


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/animais-guepardo.php#ixzz1yY88OQRx

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